terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Pensar e Ser, é o mesmo!?

Em Parmênides sim, mas como ele resolveria o problema das pessoas que agem sem pensar? Talvez dissesse apenas que elas não são, pois Ser, Pensar e Falar, é o mesmo e, sobre o que não é, não se pode pensar ou falar...
Já Górgias refuta a tese de Parmênides dizendo que se o Não Ser existe, ele deve ser alguma coisa, haja vista que o nada de fato existe e é alguma coisa, então também o Não Ser seria algo.
Enquanto Parmênides usa o sentido literal da palavra Ser para designar um "Ente", a essência das coisas, Górgias a usa dentro da pluralidade de sentidos que essa possui, servido tanto para qualificar um "Ente", quanto para definir a relação entre sujeito e objeto.
Para Górgias, Pensar, Falar e Ser, são coisas diferentes logo, sustenta que podemos pensar e falar coisas que não são, e estas coisas não definem a essência do "Ente", ou seja, pensar e falar, não refletem a realidade do que é o Ser. Mas em Parmênides, vemos que "o Ser é, portanto não pode Não Ser", defendendo com isso uma unidade entre sujeito e objeto, não havendo outra relação entre esses senão uma que seja simbiótica, onde quando um deixa e existir, também o outro se perde.

De fato posso considerar ambos como corretos, levando em conta que nem sempre falamos ou fazemos o que realmente pensamos, como foi postulado por Górgias, mas que o que realmente nos define, são as atitudes que tomamos frente as várias situações à que somos submetidos, como considerou Parmênides citando sua busca pelo "Coração Inabalável da Verdade Bem Redonda".
Portanto cabe a cada um definir pra onde e, por onde vai.

http://www.youtube.com/watch?v=ENJh1_xzx6c

Um comentário:

  1. Olha..

    Eu não sei o que este povo ai define por "ente"..
    Mas eu sei que o que existe é algo tanto quanto o que não existe...

    Exemplo:
    Se eu digo que tenho quatro olhos, logo todos sabem que é mentira, porque até hoje ninguém nasceu desta forma (não que eu saiba né). Mas se não é a realidade, se isto não existe, do que se trata então?
    De uma mentira, logo o não existir também passa a existir.. como forma de identificação do algo que não existe.. a mentira.

    Entendeu?..

    =)


    Bjos

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