quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Um último pedido para 2010.


Discurso pernicioso carregado de subjetividade e talvez alguma influência das filosofias Helênicas.

Boca suja boca podre
Boca pobre boca boa
Boca limpa minha boca
Sua boca meu desejo
Nossas bocas
Minha perdição

O prazer que começa pela boca
boca de língua quente
língua de fio aguçado que me rasga o verbo
O gesto que cortado não chega a ser ação

O Beijo santo osculo das línguas afiadas
dizendo coisas caladas
Doces sacanagens
Obscenidade acesa no fulgor do corpo -que queima.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

E foi...

Passam-se os anos para à eternidade, como passam as horas para um dia, 2009 amanhã não será nada além do que uma vaga lembrança dos sonhos construídos, reciclados, concretizados e, outros abandonados, para que 2010 seja o presente e, para que sejam construídos, reciclados, concretizados e abandonados novos sonhos maiores do que esses de agora...
Um ano bom está acabando agora para que um melhor possa começar daqui a pouco, tudo acontece assim, começando, acabando e recomeçando, para dar continuidade a esse ciclo infinito de transformações à que somos submetidos...

Então um bom ano a quem desejar construí-lo; Todos os dias ainda são bons!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Então é Natal...

O desenredo contextual de um caso dissimulado por conveniência do autor...

Toda história precisa de um contexto para acontecer, dentro desse contexto estão incluídos o cenário e, a atmosfera no qual se desenrola o enredo.
Nessa história o cenário se limitou à uma janela aberta, a atmosfera foi a mais impessoal possível, o contexto era de um interessado falando para alguém que não se importava e, o desenrolar do enredo, nenhum que prestasse...
Farpas trocadas, frases mal escritas, palavras muito mal interpretadas e, alguma coisa que sempre ficava para trás ou, por dizer. A atmosfera gerada pelo cenário decadente, permitia omitir coisas tão relevantes quanto os olhos marejados de quem rasgava o orgulho, os pré-conceitos e, o próprio peito, tanto quanto permitiu que o outro se omitisse, fingisse nunca ter acontecido -o que acontece na janela, fica na janela. Vez ou outra saiam notas e pequenos textos de um para o outro, publicados em seus respectivos pasquins de baixa circulação.
Ao que as aparências mostravam, não havia nada que os ligasse além de uma declarada paixão pelas palavras, presunção verossímil devo concordar, mas que não impedia a um de cogitar como os dois seria bom, idéia não partilhada pela outra parte; infelizmente para quem pensou que "um dia, talvez". Quando ele, o interessado, que por não saber sentir pela metade, se permitia não sentir nada e, pragmatizar todas as coisas foi tomado por uma coisa que, embora conhecesse, não soubesse lidar, perdeu-se dentro de suas próprias contradições vendo suas crenças caírem por terra, "como pode isso, sou inatingível!?!", o homem pensou guardando aquilo como um grito mudo, ele que outrora havia se envaidecido por sua frieza e, razão, viu-se refém de algo que não podia explicar -coisa rara e constrangedora para quem buscava ter todas as respostas sem se afetar.
Deu pois à conhecer tudo aquilo que havia surgido furtivamente e, que ele carregava sem conseguir fardo mais leve, ninguém se importou, a janela se fechou e, o homem escreveu... Nada mais houve.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Escrita.

es.cre.ver
v. 1. Intr. Representar por meio de caracteres ou sinais gráficos. 2. Tr. dir. Exprimir-se por escrito em. 3. Tr. dir. Copiar. 4. Tr. dir. Compor ou redigir um trabalho literário ou científico. 5. Tr. dir. Dirigir carta a alguém. 6. Pron. Cartear-se, corresponder-se. 7. Tr. dir. Fixar, gravar.

(Dicionário Michaelis)

Escrever é um processo que envolve diversas variáveis relacionadas ao seu interlocutor, bem como aos agentes receptivos do texto, mensagem etc.
Essas variáveis podem ser de caráter endógeno (interior), ou de caráter exógeno (externo) à pessoa que escreve; para que uma pessoa consiga escrever, é necessário que ela primeiro tenha uma idéia, depois que ela tenha vontade e saiba como materializar isso na forma de palavras, sendo esta última, menos importante.
Após ter a idéia e a vontade, a medida que o texto vai sendo escrito, ele próprio passa a se conduzir, não devendo o autor querer limitar ou dar ao texto uma conotação que vá em conformidade a suas crenças e conceitos pré-estabelecidos, é quase como se texto adquirisse vida própria e se pusesse a transmitir não o que o autor pretendia, mas o que ele próprio decidiu revelar entre suas linhas e, palavras escamoteadas ou não.
O texto escrito, não exprime somente aquilo que o autor previu, mas antes, pode revelar diversos sentidos ocultos de acordo com a subjetividade do receptor, existem correntes da Hermenêutica, que defendem que após ser escrito, o texto, não passa nem aquilo que pretendia o autor, nem aquilo que desejava o leitor, mas que por ter vida própria fala por si só, não sei dizer ao certo se isso corresponde à verdade, mas quem nunca teve um texto irremediavelmente mal interpretado... Considero válidas as questões concernentes à subjetividade, o indivíduo ao ler o texto aplica nesse, sua visão de mundo e da realidade das coisas.
Mas considero desnecessário falar de quem vai ou não ler agora, o importante aqui é dar ênfase a liberdade que se deve ter para escrever. Escrever significa acima de todas as coisas, trazer à tona pequenas parcelas do que o indivíduo é, seus sentimentos, suas vontades, medos e indignações, fazer um catado de muita impressões e torna-las materiais, corpóreas.
O grande prazer da escrita, é que ao materializar suas idéias e pensamentos, ninguém tem a capacidade de te impedir ou censurar -a censura no Brasil é Inconstitucional- além de você mesmo desde que sejam obedecidos os critérios de vedação ao anonimato e, respeitados os limites da privada da vida alheia, opa, os limites da vida privada alheia, que caso não sejam respeitados, existe o remédio do direito de resposta proporcional ao agravo (por isso a necessidade de identificação quando for falar mal de alguém), no mais, eu falo o que eu quiser, escrevo o que eu quiser e que se foda o blog é meu e, a responsabilidade também é minha.

Fora isso, divirtam-se, eu fui dormir!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Da terrinha...

Meias Verdades...

"Certa vez, conceituei ser sincero, como "falar a verdade até quando está mentindo", haja vista que esse é um dos fundamentos da verossimilhança (sofisma), princípio muito utilizado por Operadores do Direito em geral bem como por muitos aspiras ao mesmo".

Achar esse pequeno fragmento de um texto mais antigo foi bem conveniente agora, levando em conta que ainda a pouco, eu avaliava as teses Gorginianas e, considerava as diferenças entre falar e pensar, bem como entre pensar e ser.
De fato pensar e falar são coisas absolutamente diferentes e, que nem sempre se correspondem, é como dizer que se tem "quatro olhos"; em Górgias, se você conseguir convencer aos outros de que realmente tem quatro olhos, isso será uma verdade, haja vista que para Górgias -que era um sofista- não existia uma verdade concreta, e se existisse, não poderia ser passada. Esse relativismo permitia a Górgias desenvolver diversos tipos de raciocínios capciosos utilizando os vários sentidos de uma mesma palavra para dizer coisas diferentes a fim de convencer e manipular a outrem; pelo postulado do supracitado autor, a existência dos quatro olhos, poderia ser justificada pelo uso de óculos, por exemplo, e isso seria uma verdade.
Então entre ser sincero ou verossímil, cabe a cada um escolher, se prefere se justificar com meias verdades, ou se prefere lidar com a realidade dos fatos, falar a verdade e não precisar se justificar, já que em minha concepção pessoal, a verdade se auto explica ou no mínimo dispensa explicações.

Pensar e Ser, é o mesmo!?

Em Parmênides sim, mas como ele resolveria o problema das pessoas que agem sem pensar? Talvez dissesse apenas que elas não são, pois Ser, Pensar e Falar, é o mesmo e, sobre o que não é, não se pode pensar ou falar...
Já Górgias refuta a tese de Parmênides dizendo que se o Não Ser existe, ele deve ser alguma coisa, haja vista que o nada de fato existe e é alguma coisa, então também o Não Ser seria algo.
Enquanto Parmênides usa o sentido literal da palavra Ser para designar um "Ente", a essência das coisas, Górgias a usa dentro da pluralidade de sentidos que essa possui, servido tanto para qualificar um "Ente", quanto para definir a relação entre sujeito e objeto.
Para Górgias, Pensar, Falar e Ser, são coisas diferentes logo, sustenta que podemos pensar e falar coisas que não são, e estas coisas não definem a essência do "Ente", ou seja, pensar e falar, não refletem a realidade do que é o Ser. Mas em Parmênides, vemos que "o Ser é, portanto não pode Não Ser", defendendo com isso uma unidade entre sujeito e objeto, não havendo outra relação entre esses senão uma que seja simbiótica, onde quando um deixa e existir, também o outro se perde.

De fato posso considerar ambos como corretos, levando em conta que nem sempre falamos ou fazemos o que realmente pensamos, como foi postulado por Górgias, mas que o que realmente nos define, são as atitudes que tomamos frente as várias situações à que somos submetidos, como considerou Parmênides citando sua busca pelo "Coração Inabalável da Verdade Bem Redonda".
Portanto cabe a cada um definir pra onde e, por onde vai.

http://www.youtube.com/watch?v=ENJh1_xzx6c

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Vai, vai, vai!

Eu venho e vou à todo tempo, mas nunca me contento em parar; Corro com o tempo, hora a favor, hora contra... Corro para me resolver, corro para me omitir, corro pra mim e de mim... Talvez esteja na hora de parar e pensar se eu tenho corrido certo, ou atravessado na contramão...

http://www.youtube.com/watch?v=lAERY215O6k

Herdeiros do Fim do Mundo.

Bate agora a porta em minha cara e eu a arrombarei, me recuso a ficar de fora dessa execrável farra, da insalubre lide que prenuncia à miséria dessas almas mesquinhas que me cercam...
O assombro toma a forma de uma explosão de gozo no meio de sua cara, dessa sua cara lavada que não se nega em me iludir e, que não encontrará escusa nesse recôncavo imoral que celebra à desgraça e a miséria; todas essas abomináveis qualidades, comuns aos seres menores, aqui hei de refuta-las...
Aqui meu amigo, a guerra se generaliza até que eu deseje me tornar o Estado -Hobbesiano- e passe ser o único detentor da legitimidade da PORRADA!

domingo, 20 de dezembro de 2009

Quando o lazer se perde e surge a vontade da obrigação.

"Hoje fiz uma merda sem nome, sem tamanho e completamente irretroativa", foi o que eu pensei logo após escrever, depois disso, esperei por uma resposta que não veio e saí, antes que ela viesse -se é que viria.
Mas tudo o que eu fiz, li, interpretei e, quando senti que quase estava onde queria estar, não se tratou de mais que um mero engano...
Não sofro por isso, embora não pretendesse estar enganado, mas me sinto estranhamente bem, por ter sustentado até o fim uma convicção -mesmo que errada- e por ter falado a verdade, verdade que eu pensava ser bilateral e absoluta, mas que foi derrubada bem no meio de sua aparição juntamente com várias das outras convicções, ou todas elas.
Entretanto tive o (des)prazer de saber que tipo de inspiração tenho causado nos leitores do "Aborto Filosófico" e, pude concluir que minhas idéias, são de fato minhas piores inimigas... "Às vezes tudo isso me parece tão idiota! De certo vez ou outra realmente é".

Um homem vagueia...

Perdido entre devaneios, sonhos e confissões, ele procura
Procura o que?
A ilusão
A sujeição
O afeto?
Para quem -de quem?- não importa, mas importou a ele
Importaram as batalhas que travou sustendo o que ele quis
Batalhas travadas num íntimo -obscuro- dado a conhecer à poucos, mais do que raros, escolhidos à dedo...
E o homem vagueou, andou perdido em si mesmo
O que pode o homem contra o apelo daquilo que seu coração diz?
Mas o homem morreu
Morreu sufocado nos abraços de uma meretriz...
De que adiantou a luta se ele se igualou à todos?
Para que a paga se sua recompensa foi o óbito?
O homem sujeitou-se à ilusão...
E o afeto!?
O afeto não veio.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Das contingências que me assolam o pensamento e me fazem perder as noções de concreto, abstrato e meros devaneios...

Depois de ter falado, tentado convencer, trazido à público tudo o que se passava aqui e explodia no peito, morrido um pouco à cada negação e me negado também, o que restou pra mim, foi considerar tudo como uma contingência, algo que embora seja possível, é improvável; possível porque a cada dia somos confrontados por novas experiências e novas impressões que podem gerar os mais diversos resultados, improvável não por me faltar vontade -isso aqui impera- mas por falta de reciprocidade, coisa que antes eu tinha certeza, mas que agora, apenas suponho.
Na verdade o que me falta é a compreensão do que está acontecendo -se é que está acontecendo alguma coisa-, essa falta de entendimento, me deixa sem saber como reagir e o resultado disso, sempre será o de dois insatisfeitos, um que "só sabe que nada sabe", e o outro que se lamenta pela confusão gerada, tenha essa confusão o caráter que tiver.
Então objetivando dirimir essa confusão -se de fato ela existir- proponho falar sem reservas, já que eu não aguento mais guardar palavras, e você pelo visto também não... Espero ouvir alguma coisa, mesmo que seja um grande e sonoro "FODA-SE!" em caixa alta, e isso já é melhor do qualquer outra coisa tácita...

Alento e calmaria.

Hoje pensei um pouco mais antes de começar a escrever e considerei a possibilidade de gerar uma situação desconfortante com o que queria dizer, coisa rara...
Mas de qualquer formar, agora me sinto tão a vontade em me negar, que chego a ficar preocupado com o que isso pode me acarretar à médio prazo, mas isso é assunto pra depois. Meu quarto hoje me sufoca e a rua, mesmo com chuva, me parece bem mais agradável do que essas quatro paredes, então visitarei os seres noctívagos que habitam nos cantos sujos da minha cidade mascarada, aproveitando a calmaria que desceu com a noite fresca e úmida do verão belorizontino, para tentar encontrar o alento que mais do que procuro, careço, necessito...

Na verdade escrevi isto antes de sair, e agora que voltei, depois de considerar várias questões referentes à este ano, cheguei a conclusão de que o melhor foi feito, mesmo eu tendo em várias circunstâncias, me equivocado, gerado equívocos com minhas ações e, não ter alcançado todos os projetos criados para tempo presente.
E quanto a economia de palavras citada no princípio, talvez ela se refira a assuntos tão irrelevantes quanto os tratados no post anterior, mesmo que este, tenha sido parcialmente suprimido e, levemente modificado com a intenção de evitar "sabe deus o que", ademais, numa sexta-feira estranhamente sóbria, eu de maneira mais estranha ainda, me esqueci dos motivos que tinha para me preocupar... Ou talvez tenha apenas descoberto que não tenho motivos para me preocupar, tanto faz...

http://www.youtube.com/watch?v=4ekfBzeJBL8

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

À palo seco...

Seca a garganta, eu engasgo, gaguejo um pouco ainda, antes de principiar a conversa, por um instante me arrependo de ter começado a falar, logo passa, sigo em frente, olho para ela de uma maneira diferente agora, os preconceitos que antes me ofuscavam a vista como um véu impede um noivo de contemplar sua pequena amada, já não mais se fazem presentes, dirijo-me a ela então num tom afável, carinhoso até, meu olho diretamente focado no olho dessa que se põe como receptora do meu desejo, o coração palpita e se abranda em seguida... Nesse momento falo sem medo: "Moça, dê-me por gentileza dois pães de queijo e um café para a viagem"; ao que ela me responde com parcas gentilezas: "Doisiciquenta"...
Saí da padaria me sentindo lesado... rs!

Bom dia! :]



http://www.youtube.com/watch?v=ICJCOlLIBXg

Subtítulo levemente (totalmente) copiado de Ferreira Gullar...

"Resumo de adeus ao falado '2ºE' no melhor estilo moderno com aliterações, alusões e um leve tom de humor e melancolia".

Todos os dias chegar às 18:00pm, ocupar o mesmo lugar e, sair para prosear com os camaradas enquanto fumava um último cigarro antes do início da primeira aula; Todas as sextas-feiras, sair depois -ou no meio- da aula de Economia para "tomar uma" e voltar mais alegre para a aula de Constitucional... Várias vezes chegar em casa "miando" depois das 04:00am, depois de encher a cara à noite toda, e voltar no "balaio" trocando uma boa idéia -geralmente sobre política- com outro cachaceiro pior do que eu, isso fora a peregrinação nos botecos em dias de grupo de estudo.
Em suma, o semestre foi assim, obviamente excluindo toda a ralação, muita ralação devo dizer, as tretas político-ideológicas entre amigos, as venturas e desventuras todas e, sem jamais deixar de citar, os anseios referentes à minha parca compreensão das coisas afetivas... rs!
Então agora é aproveitar o espaço aberto nas horas noturnas da minha agenda -ou em toda ela... rs- e esquecer que o Direito existe por uma ou duas semanas, se eu conseguir claro, e me dedicar ao ócio e talvez, se eu me animar, a Immanuel Kant...

Salve, salve insurrecto o 2º já era... No mais, cachaça carai!!!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

"Agora qualquer paixão me diverte"...

Saiu a nota, adeus 2ºE você agora faz parte de um passado que não volta mais...

Graças a Deus!!!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Agora acabou...

Se foi bom ou se deu merda, vai ser outra história, que no caso só saberei ao certo na sexta, então quando tiver informações mais concretas aviso...

Beijo me liga!


http://www.youtube.com/watch?v=wf8qv8bh1Tw

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

"Aprisionado pelo vidro fosco desse nosso tempo"...

"O segredo é manter a agenda com as páginas sempre vazias.
E é por isso que não tenho tempo pra nada, estou com o tempo todo ocupado em ser disponível para o que der e vier, pro acaso, pra vida."

(Zé Neto)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Cotidiano...

Eu estava ali, parado naquela porta enquanto esperava a chuva passar para continuar meu caminho, quando ela entrou, a moça alta e de corpo esguio, uma bela moça, devo dizer, apesar de não aparentar ser mais tão jovem, ela entrou e passou por mim quase como se eu não estivesse ali, à não ser por uma leve olhada com o canto do olho na minha direção -detesto quando me olham assim.
Ela entrou, dirigiu-se ao caixa, comprou um maço de cigarros e saiu em minha direção enquanto abria o maço dos cigarros que havia acabado de comprar e em seguida procurou um isqueiro ou fósforo dentro de sua enorme bolsa, o que não encontrou, foi quando -ela- percebeu que eu estava à fumar e, dirigiu-se a mim gentilmente, pedindo que a emprestasse meu isqueiro, no que a atendi prontamente...
Uma das vantagens da chuva, é que você sempre pode usá-la como pretexto para puxar algum assunto com um desconhecido, coisa que eu não me neguei a fazer, enquanto conversamos, ela me contou que tinha 30 e poucos anos, não quis dizer quantos ao certo, mas se espantou quando eu disse que tinha "apenas 23", me disse que havia terminado um noivado de seis anos a pouco tempo, que trabalhava no administrativo de uma empresa e que futuramente pretendia fazer um curso de Relações Internacionais e, se aproveitando quando eu contei que cursava Direito, me perguntou sobre o inventário de alguém de sua família, coisa que eu não soube como responder, tivemos uma breve conversa, mas durou tempo suficiente para eu concluir que a moça era uma pessoa bastante agradável, impressão contrária a que tive quando ela olhou com o canto do olho enquanto entrava na padaria, logo a chuva diminuiu e ela seguiu seu rumo, eu não me importaria em ficar ali por mais alguns minutos já que estava quase ao lado de minha casa, mas ela tinha pressa.
De fato a breve companhia da moça me rendeu minutos muito agradáveis, só me esqueci de dois detalhes, não perguntei o nome e nem o telefone, coisa que lamento, afinal de contas, é raro encontrar uma moça tão bela e simpática quanto essa, mas tudo bem, alguns minutos de conversa quando eu não podia fazer mais nada já valeram à pena...

Só mais uma coisa que me ocorreu agora...

Quando for privar alguém de alguma coisa, jamais diga que o faz com intuito de proteger, privação não é a mesma coisa que proteção e as duas coisas jamais se misturam.

Diga que o faz por sua própria vontade, além de ser mais autentico, é mais digno!

Bom dia, eu fui dormir...

Blá, bla, blah!

Escrevendo baboseiras enquanto tento fixar os conceitos fundamentais do Direito Penal -já falei que detesto D. Penal?- aí estava pensando, à "vontade de querer alguém", seria uma concausa superveniente absolutamente independente ou concomitante relativamente independente?
Então vejamos: Se concausas são fatos que independem da ação do autor, mas que em relação ao "Nexo de causalidade" -que é o que liga a ação ao resultado- guardam um vínculo, sendo as "Absolutamente Independentes", fatos que ocorreriam de forma alheia ao ato praticado pelo agente, e as "Relativamente Independentes", os fatos que somente ocorreriam se somados as ações praticadas pelo indivíduo que assumiu o omportamento delituoso.
Após partirmos desses conhecimentos preliminares, podemos dizer que se há reciprocidade nessa "vontade de querer", a causa, será concomitante relativamente independente, aí vem um engraçadinho perguntar, porque não é preexistente? No que eu respondo da seguinte maneira, não é preexistente porque a reciprocidade é construída paulatinamente por duas pessoas e ao mesmo tempo, então só pode ser concomitante, e relativamente, porque como eu já falei, precisa dos dois agindo, se um se nega já não existe mais reciprocidade; Mas caso não haja reciprocidade no desejo -ou "vontade de querer"- será superveniente absolutamente independente, primeiro porque ninguém consegue escolher de quem gosta, depois porque sem a reciprocidade, o desejo, será sustentado apenas por um não havendo nenhum tipo de participação da parte a que se endereçava essa "vontade de querer" e por isso absolutamente, e será superveniente, porque eu não acredito em "amor a primeira vista", no máximo em tesão.

Se meu professor de Penal ver isso, vai me dar um tiro... rs!

domingo, 13 de dezembro de 2009

Tentativa imperfeita branca...

Procuro esquecer enquanto penso no que pode ou não ser, penso que poderia(mos)ter tentado, e que talvez desse errado, mas nunca vou(ou iremos)saber.
Vejo que no começo, quis muito, depois me sugeriram esquecer, disseram que não valia a pena, enquanto eu insistia; disseram que não era esse pouco, o que eu merecia, mas era o que de fato eu queria.
Hoje não contrario Heráclito em dizer que, hora quero um tanto a mais, hora sufoco essa vontade de querer, já tive provas de que há um verdadeiro abismo entre o que se passa aqui e o que acontece acolá, em algumas vezes me importo, mas em outras perco o temor da queda.


http://www.youtube.com/watch?v=IJuzpUXWxFQ

Tento esquecer enquanto penso no que pode ou não ser.

"Sexta-feira parto
até outra vez
Fica de nós, o quarto
Fica de mim, vocês...

Fica de mim o que
de mim me lembrarei
O que esqueço é
carne de outro rei"...

Se antes eu tinha uma convicção, agora, tenho um questionamento, será que de fato ainda reside em mim algo que me remeta às impressões que outrora me causaram desejo, estranhes, insegurança e porque não, medo...
Estranho pensar nisso agora, no auge da madrugada, talvez eu tenha tentado tanto apagar isso, que assim como veio, partiu, subitamente ou quase de repente. Não posso negar que ainda há o que me incomode e me faça cogitar, mas já não me sinto queimar como antes, de certo, até ontem pensava que isso era o melhor pra mim, hoje já não mais sei o que pensar; talvez a proximidade do início de um novo ano, esteja começando a me prover de novas expectativas e, afastando as antigas, ou talvez seja apenas a iminência da diversidade dos rumos a serem tomados pelos participes desse fato nada típico do qual eu sou o autor que afaste de tal idéia, não sei dizer ao certo.
Mas uma coisa é certa, de um jeito ou de outro, agora é a hora de tudo terminar para poder começar novamente dando continuidade a esse ciclo infinito de mudanças, pra onde eu vou, já está definido, me resta saber quem vai comigo e como chegaremos lá...

sábado, 12 de dezembro de 2009

Vou indo...

Sempre falta algo, sempre sobram motivos para queixas e sempre existirão coisas para nos perturbarem o tempo todo, mas o grande barato da vida, é saber lidar com tudo isso e, não se deixar abater pelas ingratas fainas, afinal de contas, os trabalhos mais ingratos são os que mais nos ensinam, nem que seja a fazer escolhas.
É como se a vida - não a vida de quem vive, mas a vida como se vive- fosse um circulo, em que começamos a caminhar a partir do meio dele, onde é mais seguro; mas em contrapartida, não temos a visão do que está fora, e a cada passo, além de nos afastarmos da segurança que existe quando estamos no meio, podemos enxergar mais e mais, tudo aquilo que existe fora dessa arredonda.
A caminhada sempre é árdua, cansativa, dolorosa e por vezes, solitária, mas a cada passo que damos, evoluímos um pouco mais como donos de nossas próprias vidas e sempre somos recompensados por isso.
Mas o fato é que, pessoas entram e saem a todo tempo, os lugares sempre mudam, a estrada nunca é a mesma e, nós vamos vivendo num constante aprendizado, até atravessar as bordas e experimentarmos tudo àquilo que antes estava fora de nosso alcance, se será bom ou ruim, depende da perspectiva de cada um, mas todos fazem o caminho, obrigatóriamente...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Quem conta um conto...

Eu já andei só pela cidade, transitando quase sem rumo, por várias calçadas escuras que se abriam clandestinamente, no correr de estranhas e silenciosas noites que pareciam não acabar. Já andei pelo dia também, mas a noite, é que se nos revelam os rostos que o sol ofusca, e não nos permite enxergar.
Andar pelas ruas marginais da cidade pode causar certa estranhes aos menos conhecedores da vida boêmia -não a boemia dos belos bares da cidade, mas aquela que acontece sob os viadutos, ou ao lado das rodoviárias...
Numa dessas noites, vejo um homem, deitado no chão frio, me parecia sujo, de mijo, merda e restos mortais de algum inseto, ou qualquer desses animais asquerosos, freguentadores dos bueiros podres que nos cercam, eu o vi numa dessas ruas ao lado da Zona, ele, o homem, estava subjugado. Mas por quem? Por ele mesmo, por um sistema falho, por mim!?
De fato é assustador ver as ruas mais movimentadas da cidade, vazias, quase como se fossem "terra e ninguém", mas o pior é ver os "donos da cidade", após ela se transformar em coisa abandonada... Um Sr. Alguém, que hora respira de maneira frenética um saco de cola-de-sapateiro -como se aquilo fosse um remédio para sua dor-, hora larga sua droga para gritar com uma sombra -ou outro vulto- que não existe fora de seus delírios; Os traficantes, os ladrões, facínoras de toda sorte e, as prostitutas -amantes, tristes e fieis-, enfim seres noctívagos de todas as espécies e, de vários tipos caráter inescrupuloso; são homens dia dúplice e várias vagas noites de abandono... Mas o que houve com as belas moças que transitavam pelo centro da cidade, com os homens, elegantes em seus ternos quentes e, que andavam apressados para seus trabalhos, com o comércio movimentado ou, com os velhos, que jogavam damas e vendiam armas à exíguos preços, furtivamente sob a luz do meio dia? Foi só as luzes se apagarem, para todos sumirem, imergirem-se em suas casas e vidas sem dono... Os outros, esses "donos da cidade abandonada", com o entardecer do dia e o cessar das luzes, emergiram, como Morlocks saem de dentro de seus bueiros, para dominar a cidade e viver suas vidas cegas e sem dono; Mas todos subjugados, sempre submetidos uns aos outros...

A Cidade usa uma mascara, mas qual é sua verdadeira face?

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Lendo a mim mesmo ao som de "Destilado Blues"...

Hoje tenho um encontro dramático com uma realidade nada agradável, mas o tempo para pensar em "onde eu errei", já passou; agora é o momento de construir uma nova condição, tempo de criar novos meios para chegar até o final dessa incessante e ingrata lide, e só então, bradar retumbantemente a vitória e, a conquista de mais um degrau na escalada rumo a grata posse do meu bem maior...

http://www.rockwave.com.br/bandas/destilados/player-popup/

Isso merece ser postado...

"Sonhe com aquilo que você quiser. Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance de fazer aquilo que se quer. Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldades para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana. E esperança suficiente para fazê-la feliz. As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos. A felicidade aparece para aqueles que choram. Para aqueles que se machucam. Para aqueles que buscam e tentam sempre. E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas. O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido. A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade!"

(Clarice Lispector)

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Imunização Racional...

Engolindo à seco tudo o que disse, negando até o fim algum tipo de conformismo, a sensação de perda aqui impera.
O alento, eu tento buscar na suposição -Iuris Tantum- de que ninguém perde o que nunca teve, o que seria uma forma muito esdrúxula de "Silogismo Aristotélico", mas como já disse, nego o conformismo até o fim!

Recomendação de leitura...

Stupid White man: Uma nação de idiotas.
(Michael Moore)


Baixe Aqui!

Aumenta o volume pra ouvir isso!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Sobre isso e aquilo...

Absolutamente tudo o que eu faço, falo e escrevo, reflete exatamente o que eu sou, nem mais nem menos, a algumas pessoas, eu mostro apenas pequenos fragmentos, a outras tantas, um pouco mais do que isso e, a poucas e raras, mostro até mais do que deveria...
Mas independentemente do que eu tiver feito, dito ou escrito, tudo correspondeu a mais legítima verdade, não me agrada a idéia de desperdiçar meu tempo inventando histórias para que os outros vejam, mas sobre tudo, não me agrada a idéia de me mostrar como alguém que não sou eu, e mesmo que eu retire tudo o que eu disse e transforme minha voz em silêncio, as palavras proferidas naquele momento, correspondiam a mais pura e cruel verdade.

"The end of laughter and soft lies"...

"A liberdade é a busca da verdade. Mostre-me a verdade, nada além desta".

Melhor é curtir um bom som...

O meu "Santo Graal"...

Como disse Cazuza, "o banheiro é a igreja de todos os bêbados", e a privada o altar onde eu me ajoelho para fazer minhas preces...
Mas beber pra esquecer das merdas que fiz quando estava bêbado, não é uma boa estratégia, haja vista que a ressaca física vem em dobro, e a ressaca moral que antes era improvável, agora passa a ser uma realidade mais do que concreta....

domingo, 6 de dezembro de 2009

Uma hora aprendo a me calar...

Apagado.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Só pra situar o momento...

Ganhei uma garrafa de cachaça, resultado:
Amanhã estarei de ressaca... Outra vez!!!
Ps.: A cachaça é ótima!

Belo Horizonte Cinza...

As torrenciais chuvas que tem castigado minha cidade e pintado seu céu de cinza, trouxeram uma temperatura amena a esses dias contrapondo-se às últimas semanas que foram de um calor insuportável.
Esse clima úmido e estranhamente frio no meio do verão, tornou o tempo propício a porres, reflexões -nada filosóficas ou altruístas- e The Doors, então com a devida licença poética a meu estimado Carlos Drumond de Andrade...

"Eu não devia te dizer mais essa lua mais esse conhaque, botam a gente comovidos como o diabo".
"The end of laughter and soft lies"...

A vida é urgente...

Embora eu não acredite que o tempo de estadia nesse mundo seja pré-determinado, sei que é demasiadamente limitado...
Então não da pra desperdiçar tempo esperando algum fato fortuito resolver minha vida, é justamente o que a "Virtú" maquiavélica postula, ter a capacidade de fazer, e não esperar acontecer ou contar com a sorte para edificar seus projetos...

E já que é assim, vou nessa porque hoje eu tô atrasado!!!

http://www.youtube.com/watch?v=IpIDjHlKXlM

"Represento quem sou, com quem ando, onde vou"...

Eu levo o pack e sigo em frente na parada,
Não sou controlado e durmo com a alma lavada.
Sigo o meu caminho, trampo ele sozinho.
Eu mato a cobra e ainda dou bico no ninho".


http://www.youtube.com/watch?v=MfKd9KKe0Tc

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

..."e beijei o chão"...

Insônia...

Exatamente 3:58 am eu comecei a escrever esse texto, isso depois de rolar na cama por algumas horas e não dormir, obviamente.
Na verdade não tenho nada de relevante a dizer nesse momento -talvez eu não diga nada de relevante há muito tempo-, mas não tô muito preocupado com conteúdo agora.
Bom o simples fato de estar acordado agora, já é um indício bem relevante de que os 15% que restaram das preocupações anteriores, ainda me enchem o saco, principalmente depois de ouvir algumas coisas que não faziam parte dos projetos, apesar da iminente efetivação do indesejado fato, mas não vou falar mais disso, vou contar um fato verídico ocorrido comigo na minha única viajem a São Paulo no ano de 2007...

Estávamos eu e meu primo Lucas -famoso Mano Blue- vagabundeando na Praça-da-Sé, quando eu (fumante inveterado) resolvo acender um cigarro.
Foi quando de repente e não menos que de repente, me aparece um horda de ciganas no meio da praça -de onde elas saíram ainda é um mistério, profundo mistério-, fato tal, ignorado pro mim e meu primo. Mas foi exatamente quando uma delas se dirigiu a mim -tinha que ser comigo, só para não fugir à regra- dizendo, "O moço, dá um cigarrinho pra véia!?", no que eu, respondi cordialmente que sim, mas foi a conta de eu entregar a tal cigana o cigarro solicitado por ela e, ela -a cigana louca- agarrar minha mão se oferecendo para revelar-me os mistérios misteriosos do meu destino, no que eu não concordei, mas tendo em vista a chave-de-braço que ela havia me dado, continuei ali (aff, como se eu acreditasse nisso).
Palavras da cigana: "O moço tá novo ainda (Oh! que descoberta significativa, eu sem barba aparento ter 19 anos... rs!) tem muita vida pela frente (talvez porque na época eu tivesse só 21 anos) tem muito dinheiro e amor na vida do moço, mas tem que ir buscar (essa mulher é um fenômeno!) -e ainda me fez um alerta-, cuidado que a inveja pode te prejudicar!!!" disse ela.
Após a cigana proferir tais palavras, e afrouxar o golpe de jui-jitsu aplicado em meu braço, eu segurei o braço dela, virei sua mão contra mim e me ofereci para ler os mistérios misteriosos do destino dela do mesmo modo como ela havia feito comigo anteriormente (tudo bem que talvez eu tenha exagerado na reciprocidade).
Após segurar e olhar a mão da cigana, percebi que ela havia mudado a expressão de seu rosto, foi quando ela puxou sua mão de uma maneira tão abrupta quanto a maneira como ela tinha me segurado até ali (quanta grosseria!) olhou profundamente nos meus olhos de uma forma odiosa e começou a proferir palavras rudes e a praguejar contra mim e meu primo -mais a mim do que a ele-, foi aí que nos lembramos de uma expressão cunhada por um desconhecido Menestrel Marginal que havíamos visto grafitada num dos muros da supracitada cidade e a proferimos concomitantemente em direção a cigana mal-afamada: "PRAGA DE PUTA NÃO PEGA".

Um Bom Dia a todos... Eu vou tentar dormir ;]

http://www.youtube.com/watch?v=ANhIgIi94lM

Num instante...

Sensação de frio na barriga, liberdade e solidão...

O que é isso? O resultado de uma ingrata faina?

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Minha alma serena...

Não me agrada a forma que as coisas têm tomado até aqui, quase me perdi no meio de uma confusão de idéias sobre coisas que eu queria e coisas que ainda pretendo, com um baixo desempenho numa matéria fundamental ao meu desenvolvimento acadêmico e um monte de coisas que se eu ignorasse não fariam a menor falta...
Mas agora o que foi feito tá feito e, não adianta chorar pela cachaça derramada, então só me resta desistir de uma semana das minhas tão sonhadas férias, devorar o Código Penal Brasileiro e destruir a tão temida Prova Especial, no mais, só de ter eliminado 85% do que me tirava o sono já é um alívio, então um bom dia a todos!
Aproveito para dizer que dentro de mais alguns dias, minha paciência volta, aí coloco filosofia nesse butéco, mas só pra fazer jus ao nome...rs!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O menino Bom!!!

Sem comentários a você Sra. Amanda Vasconcelos... rs!

http://wire-o.blogspot.com/2009/12/estudando-penal-as-2h-da-madrugada.html

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

1º de Dezembro.

Fim do último primeiro dia do ano!


Das, Dessas e Delas...

Das vezes que disse
Das coisas que disse
Das palavras que disse
Dessas merdas que disse
E não devia ter dito

Mas Delas apenas o silêncio...

Mais de Gullar.

"Prego a subversão da ordem poética, me pagam. Prego a subversão da ordem política, me enforcam junto ao campo de tenis dos ingleses na Avenida Beira-Mar (e os canários, nem-seu-souza: improvisam em sua flauta de prata)".

Discurso de Halie Selassie I na Liga Das Nações em 1936

"Enquanto a filosofia que declara uma raça superior e outra inferior não for finalmente e permanentemente desacreditada e abandonada; enquanto não deixarem de existir cidadãos de primeira e segunda categoria de qualquer nação; enquanto a cor da pele de uma pessoa não for mais importante que a cor dos seus olhos; enquanto não forem garantidos a todos por igual os direitos humanos básicos, sem olhar à raças, até esse dia, os sonhos de paz duradoura, cidadania mundial e governo de uma moral internacional irão continuar a ser uma ilusão fugaz, a ser perseguida mas nunca alcançada. E igualmente, enquanto os regimes infelizes e ignóbeis que suprimem os nossos irmãos, em condições subumanas, em Angola, Moçambique e na África do Sul não forem superados e destruídos, enquanto o fanatismo, os preconceitos, a malícia e os interesses desumanos não forem substituídos pela compreensão, tolerância e boa-vontade, enquanto todos os Africanos não se levantarem e falarem como seres livres, iguais aos olhos de todos os homens como são no Céu, até esse dia, o continente Africano não conhecerá a Paz. Nós, Africanos, iremos lutar, se necessário, e sabemos que iremos vencer, pois somos confiantes na vitória do bem sobre o mal".

Impressionante como um discurso de 1936 consegue ser tão atual, e o pior, é que se ao invés de considerar apenas os Povos Africanos dermos uma conotação global ao texto, veremos a mais cruel realidade.

http://www.youtube.com/watch?v=ZCFHYyErkA0