quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Escrita.

es.cre.ver
v. 1. Intr. Representar por meio de caracteres ou sinais gráficos. 2. Tr. dir. Exprimir-se por escrito em. 3. Tr. dir. Copiar. 4. Tr. dir. Compor ou redigir um trabalho literário ou científico. 5. Tr. dir. Dirigir carta a alguém. 6. Pron. Cartear-se, corresponder-se. 7. Tr. dir. Fixar, gravar.

(Dicionário Michaelis)

Escrever é um processo que envolve diversas variáveis relacionadas ao seu interlocutor, bem como aos agentes receptivos do texto, mensagem etc.
Essas variáveis podem ser de caráter endógeno (interior), ou de caráter exógeno (externo) à pessoa que escreve; para que uma pessoa consiga escrever, é necessário que ela primeiro tenha uma idéia, depois que ela tenha vontade e saiba como materializar isso na forma de palavras, sendo esta última, menos importante.
Após ter a idéia e a vontade, a medida que o texto vai sendo escrito, ele próprio passa a se conduzir, não devendo o autor querer limitar ou dar ao texto uma conotação que vá em conformidade a suas crenças e conceitos pré-estabelecidos, é quase como se texto adquirisse vida própria e se pusesse a transmitir não o que o autor pretendia, mas o que ele próprio decidiu revelar entre suas linhas e, palavras escamoteadas ou não.
O texto escrito, não exprime somente aquilo que o autor previu, mas antes, pode revelar diversos sentidos ocultos de acordo com a subjetividade do receptor, existem correntes da Hermenêutica, que defendem que após ser escrito, o texto, não passa nem aquilo que pretendia o autor, nem aquilo que desejava o leitor, mas que por ter vida própria fala por si só, não sei dizer ao certo se isso corresponde à verdade, mas quem nunca teve um texto irremediavelmente mal interpretado... Considero válidas as questões concernentes à subjetividade, o indivíduo ao ler o texto aplica nesse, sua visão de mundo e da realidade das coisas.
Mas considero desnecessário falar de quem vai ou não ler agora, o importante aqui é dar ênfase a liberdade que se deve ter para escrever. Escrever significa acima de todas as coisas, trazer à tona pequenas parcelas do que o indivíduo é, seus sentimentos, suas vontades, medos e indignações, fazer um catado de muita impressões e torna-las materiais, corpóreas.
O grande prazer da escrita, é que ao materializar suas idéias e pensamentos, ninguém tem a capacidade de te impedir ou censurar -a censura no Brasil é Inconstitucional- além de você mesmo desde que sejam obedecidos os critérios de vedação ao anonimato e, respeitados os limites da privada da vida alheia, opa, os limites da vida privada alheia, que caso não sejam respeitados, existe o remédio do direito de resposta proporcional ao agravo (por isso a necessidade de identificação quando for falar mal de alguém), no mais, eu falo o que eu quiser, escrevo o que eu quiser e que se foda o blog é meu e, a responsabilidade também é minha.

Fora isso, divirtam-se, eu fui dormir!

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