sábado, 17 de abril de 2010

Campo dos Persas.

Ó forasteiro, quem quer que sejas, de onde quer que venhas, porque sei que virás, sou Carlos, não fundei Império algum, nem nunca estive em qualquer Reino Imortal. Não sou como Ciro o Grande da Pérsia, nem Alexandre o Grande da Macedônia, não serei sepultado na "Tumba da Mãe de Salomão". Apenas tomo emprestadas as palavras atribuídas ao primeiro Grande Rei da Ásia, para fazer jus à minhas parcas paixões.
Desabo em silêncio o que do verso me arrancam, deságuo calado o verbo que não sustento. Não é Poeta, nem é Douto quem aqui versa em não tão breves linhas; o Poeta não silencia seu verso e, o Douto, sustenta seu verbo sem jamais se calar. Sou o que sou eu, duro o tempo que durar. Passo. Devaneio ser o que o Não-Ser não é. Grito mudo, dou as costas, não olho para trás.
Na verdade, quero correr para Pasárgada, conhecer meu amigo Rei, ter alcalóide à vontade e prostitutas bonitas pra namorar, comigo não vai mais ninguém, e se chego lá não volto, esqueço o caminho de casa e fico por ali... Não volto, não volto, não volto, esqueço de você e não lembro de mim...

terça-feira, 13 de abril de 2010

"Quide rides? Mutato nomine, de te Fabula narratur"...

sexta-feira, 9 de abril de 2010

"Cerveja: Causa e solução de todos os problemas da vida".

Mr. Homer Simpson

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Teimosia...

Friedrich Nietzsche, dizia que a decisão de não mudar de idéia, além de demonstrar um caráter forte, denunciava também, uma ocasional vontade de ser estúpido; mas de qualquer forma...

:]

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Sem dizer A...

Não era pouco, possuía tamanho incomensurável e era estranho de sentir.
Provavelmente eu nunca diria exatamente o que era, deixaria tácito em cada linha, em cada palavra, para que fosse lido, imaginado, questionado ou só sentido. Algo que me impeliu ao que me era afigurado como belo, digno ou grandioso. Coisa que me fez te constituir como uma Diotima de Mantinea, me fazendo lembrar do que eu já havia esquecido.
A coisa essencialmente boa, nunca é somente aprazível, mas antes, traz em seu seio todas as suas próprias contradições, e as impõe a quem se submeta a si. Ouvir dói, não ouvir é lancinante, falar da medo e o silêncio avilta; ver e se aproximar, são o ápice da insegurança. Mas tudo isso é consolo, e alívio para "um coração que frouxo, a grata posse de seu bem difere" como postulou magnificamente o "Poeta da Inconfidência", quando versava sobre as agruras de um querer maior.
A si próprio roubar, e a si próprio ferir... Até os antigos deuses ousaram se desdivinizar para submeterem-se a tal sensação. Isso não pode ser pouco. Ouvi dizer que era segredo, então não direi o que posso sentir, mas sinto, muito, mesmo não sabendo dizer.

sábado, 3 de abril de 2010

Sankofa...

"Nunca é tarde para voltar e apanhar aquilo que foi deixado para trás".

Deixar o que pesa nos ombros, voltar e catar o que hoje faz falta, me desvencilhar de tudo o que não faz bem, que me tira da trilha do único objetivo perene desde que eu me lembro: SOSSEGO!
Trocar os métodos, trocar as roupas, trocar a casa, trocar o curso. Reconstruir o que havia sido abandonado. Fazer nem tudo tão certo, mas fazer melhor que antes, fazer como deve ser feito, me refazer. Não me preocupar com o que não vale minha ocupação, me importar em tratar dos assuntos relevantes e, nada além disso...

"Mais tarde, no fim de tudo, me cato, recomponho-me e costuro os pedaços, mas das partes que ficaram para trás, não sentirei nem à falta".

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Livre Convencimento e Desistência Voluntária...

Há menos de um mês que eu dizia não querer sair de onde estou agora, não existiam motivos suficientemente bons para que eu fizesse tal coisa, tomasse tal atitude. Agora, tenho vários motivos para não querer mais ficar, sejam eles moralmente valorosos ou não, eu os tenho, ademais, a conduta ética ficou para trás a um bom tempo... Tudo bem, tenho os motivos e tenho a vontade, só quero acabar com isso logo, para poder ir embora rápido, e sim, estou pedindo arrego!

O que dizer...

Certas coisas não são cabíveis entre si, como dizer que gosta sem falar em querer, mas deve haver alguma forma de acalmar a necessidade que se agrava no ápice de algum porre; qualquer coisa capaz de apaziguar o peito e desfazer o nó da garganta... Possibilidade que se esvai quando não se quer um novo amor, mais um porre e as férias são uma realidade tão distante quanto o próprio outro.
Eu nunca quis ferir, agredir ou lancinar, mas fui pouco à pouco perdendo a razão, cedendo ao desespero. Tomando uma atitude errada atrás da outra, após cada pedido de "Pelo amor de deus não faça isso". Não vou dizer que não é minha culpa, mas não consigo guardar, não posso negar. Explode no peito e se transforma em palavra, e enquanto os sentimentos se misturam, vão aparecendo pequenos pedaços meus. Transito entre as voltas que o querer faz a cabeça dar e, os soluços que cada uma de suas evasivas me proporciona. Isso sem falar na raiva por estar sendo tão imbecil (mas essa eu penso ser recíproca).
No final das contas, o que acontece, é que eu nunca sei o que dizer, não sei como me aproximar e ser natural e ao mesmo tempo contido, então me afasto e me arrependo, me calo e grito mudo milhares de vezes tudo aquilo que eu quero dizer, não tem como haver satisfação ou entendimento nisso. Falta-me o verbo...