quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Das perdas...

Enquanto caminhamos, pequenas partes de nós vão inevitavelmente caindo pela estrada; membros, células, moléculas, enfim, fragmentos de algo que antes era bem maior do que se vê agora.
Essas pequenas perdas que se dão ao longo do caminho, não acontecem apenas por nossa própria vontade, mas em muitas vezes, ganhamos uma forcinha de uns terceiros que se encarregam por terminar de arrancar uma ou duas coisas que pretendíamos guardar só para aqueles momentos de nostalgia. Pontadas que são dadas na razão nada prática de quem se submeteu a algo que era completamente irracional e fortuito.
Não há nada mais atordoante e babélico que um gesto cortado por conveniência circunstancial, e com o recesso dos porres, fica ainda mais complexo analisar friamente as contingências imediatas. Restam então ao crivo da razão, duas indagações para serem respondidas a posteriori: Se ninguém perde o que nunca teve, e como eu havia dito de antemão, "das partes que ficaram para trás não sentirei nem a falta", porque estou engasgado agora?

http://www.youtube.com/watch?v=iPl3HAtkBLw

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