segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Dias que passam...

Às vezes a garganta seca, a voz sai rouca e a palavra, quase murmurada. Tenho pensado em não dizer, e isso já está nítido para os mais próximos...
Constância é uma palavra que exprime muito pouco ou quase nada. Tudo muda tão rápido, que se não encontramos ao menos uma réstia de sagacidade para mudar, ficamos sempre a margem de nós mesmos, olhando de fora a nossa própria vida acontecer sozinha, sem a termos feito ou, no mínimo tentado.
A Virtú Maquiavélica trata exatamente disso, portar-se de forma condizente à imposição feita pelo Eterno Devir. A mudança é um fato, e as circunstâncias se apresentam -em regra- de maneira imperativa, não há como parar para olhar as estrelas caírem, não sem levar alguma na cabeça.
Mas os dias passam, e uns parecem já terem sido vividos, outros terminam de uma forma tão abstrata quanto começaram, e de outros, o que fica é um conjunto de verbos desconexos, quando não um agonizante silêncio...

Fora isso, todos os dias parecem ser bons, e se não são, estou respirando, e isso me parece suficiente para querer buscar forças e mudar todo o resto.

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