quarta-feira, 7 de julho de 2010

.

Estava feito. Não havia mais coisa qualquer à ser sabida, tudo o que podia já era o que de fato seria. Utopia. Do que era feito da noite -que nunca acabava antes do dia-, confessaram-me, ouvi. Sem nada a declarar, assenti calado quando o barulho que inda era silêncio, se fez mudo.
Que fiz? Que faço aqui? -pensei-, eu poderia estar bebendo -concluí-, "Candido ou o Otimismo" pareceu-me bastante apropriado naquela hora. Não era. Sabia disso.
Lembrei de já ter visto alguém que disse sobre o erro da vida sem música -Nietzsche talvez- não sei ao certo (detesto essas frases soltas que nunca dão pra saber o que são em verdade), mas porque raios mesmo lembrei disso? Melhor deixar pra lá, Cazuza é sempre melhor do que qualquer filosofia.
Ademais, estava feito, e tudo já era o que de fato seria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário