segunda-feira, 3 de maio de 2010

"Como se pastoreia o Gado"...

Dum singelo espetáculo quase indecifrável, se revela de forma simplória o valor natural que nada pode ser se não é uma totalidade em si mesmo. Algo que encontra em si seus próprios fundamentos e preceitos, sem jamais precisar de motivo para ser. Em suma, o Ser que É.
Um bucólico "Tratado Sobre o Sublime", que compulsa sobre tudo que impele ao que é apresentado como belo. Não o que se mostra como esteticamente belo, mas o belo em sua essência, "O Apolo que estando sob o poder dum ímpio fado, desce dos céus brilhantes para pastorear gado" como versejou Tomás Antônio Gonzaga, mas não sem ter sido precedido por Heráclito quando este versava sobre um Ser que carrega em seu seio todas as suas próprias contradições.
É esse o veraz antagonismo que encontra seu contraste na harmonia entre Pínia e Poros, que faz surgir Eros, o que não é belo nem disforme, é sofista e filósofo, não é eterno nem mortal, hora floresce bem vivo, mas depois perece sem ânimo para novamente renascer sendo o que só ele sabe ser... Uma totalidade em si mesmo.

Um comentário:

  1. Que bonitinho está seu blog...

    bem a sua cara...

    Adorei!!

    E vc, como vai?

    bjs
    Sil

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